terça-feira, 15 de novembro de 2011

amor temperado de novembro

por algum motivo, acho que talvez um vício... escrevi mais um soneto - uma consequência de feriado solitário. é o delírio trazido pra minha casa, esse lugar infestado de lembrança, de um ar poluído de espíritos loucos. alguém esta cantado aos meus ouvidos, são sopros, guitarras, vômitos e caríceas. as imagens correm, bem rapidinhas, deixam-me rodopiando - me sustentando no ar. Seguram-me pelas costas, parecem a maré de lagoa, muito tranquila. Debruçam-me no colchão inflável e :



deito-me saudoso. pés gelados, livros abertos
copos vazios. a minha esperança aconchega
a cabeça que pensa bastante em você a beira
de um rio comprido bem bonito, numa sexta feira


meus dias de dencanso demorarão muito tempo
mas eu irei te buscar de qualquer jeito, talvez
quando passe a tempestade, querida - daqui um mês
espere-me perto do lugar onde nos conhecemos


ao menos diga então que sente ainda um pouco de sentimento
que o ligeiro momento valeu-te um amor
um forte amor temperado de novembro


fecho os olhos, espero que não os abra tão cedo
pra sonhar contigo e sentir seu sabor
aquele sabor que perdura, que venho de seus beijos

Nenhum comentário:

Postar um comentário