quinta-feira, 22 de março de 2012

A noite sendo o mesmo pela manhã de depois que escureço

vou contar que uma vez desses momentos lokis
eu me meti a deixar uns poemas em blog 
mas não faço ideia muito bem de resenhar
andei contemplando umas artesanias virtuais
a não cheguei a decifrar nenhuma das caretas digitais
tem umas indagações no meu cerebelo
dá a impressão de uma queda pra não voltar
tudo em mim é capotável - ao contrário do inovador
poetas juvenis de palavras cabíveis em cofrinhos
econômicos, visionários, muito empolgadinhos
elegeram muito bem seu progresso estável
digo só de joelhos tortos - tudo em mim é capotável
rompi promessas mais cedo imediato
pro inferno o deleite dos perfeitos de unhas feitas
nessa tarde desejei livrar-me de mim no aconchego
recupero a desmedida da cachaça e a cicatriz da cara
eu deitei as patas no travesseiro - virei-o
meti a cara na sujeira preta dos calos crus

levantei saudável bondoso com as horas matinais
puxei dinheiro das calças correndo ao ponto
o porteiro do anglo é o mais massa de lá
as minhas aulas, minhas aulas, minhas aulas,
e a bia é bem contente, dedicada certamente
os arrumados saem, o das cerimonias trocadilha
maestro perspicaz - deixe-me afundar pois não sou desse lugar
anglo, vieste como um balde d'água fria em mim pelado
sou o lambisgoia da cinquenta e cinco ricocheteando 
os degraus vem a minha testa - um sinal de cafés autônomos
disse alguma vez sou o mais capotável 
guardei fibras dessa vez pra digestão se tudo der errado